Maio/2014
Hoje
apesar de ser sábado, acordei mais cedo para aproveitar melhor o dia que estava
lindo no seu característico outono ensolarado, porém não muito quente como nos
dias de verão.
Quando
aqui estou, na casa onde vivi até meus 19 anos, muitas são as recordações. A
mais presente é de minha querida tia, que afinal, foi também um pouco minha
mãe, já que morávamos as três (eu, minha mãe e minha tia) nesta mesma casa que era sua. Mas, esta é outra
história, porque hoje — hoje... eu acordei mais cedo para aproveitar as
flores do jardim e as cores que nele floresceram.
Com
minha tesoura de jardinagem a postos, à medida que rodeio a casa vou podando
os galhos antigos e as folhas secas. Foi nesta hora que me veio à lembrança uma
brincadeira maravilhosa, dos tempos de menina, quando percorria não só o nosso
jardim, como também os terrenos baldios e vizinhos, à cata de folhas que fossem
diferentes em seus formatos e nervuras.
Em
uma sacola as colocava com todo cuidado para que não as amassasse.
Chegando
em casa, papel branco e lápis de cera em mãos, pronta estava para a arte final:
colocando uma a uma as amostras recolhidas sob o papel retirado do caderno de
desenho, ia passando o lápis colorido fazendo aparecer em poucos minutos o
contorno da folha recolhida nos jardins. Depois de pintada era hora de
recortá-la.
Assim, ia colecionando a cada dia, as mais variadas folhas.
Como é bom ter coisas boas para recordá-las.
Como é bom ter coisas boas para recordá-las.