quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Contemplação

Setembro/2013

Com o corre-corre em que vivemos, perdemos o poder de apreciar as coisas simples do dia a dia, que está ao nosso redor, como as flores do nosso jardim, as nuvens no céu ou simplesmente passear com o cachorrinho - que pode ser da sua filha - pelo seu bairro ou no bairro vizinho.
Nos meus a passeios proveito o para contemplar os jardins dos prédios, os jardins das poucas casas que ainda resistem aos apelos imobiliários e por que não os canteiros das ruas arborizadas pela prefeitura.
Passei a observar a transformação desses mesmos jardins ao longo das estações do ano.
No outono como é triste quando as árvores perdem todas as suas folhas e seus galhos ficam totalmente pelados, vazios e tristes parecendo que vão fenecer. Em contrapartida como é prazeroso chutar todas aquelas folhas secas acumuladas pelo chão, principalmente quando são grandes, como as da amendoeira, que não sei por que sempre a chamei de “castanheira”, talvez influência da castanha do seu fruto.
E na primavera, apreciar as inúmeras variedades de flores que enfeitam a cidade. Até em algumas casas fechadas as flores, nesta época, colorem o jardim aparentemente abandonado.
Certa vez me deparei com uma calçada totalmente rosa, coberta de florezinhas de jambo e fiquei tão “maravilhada” que aquela calçada jamais saiu dos meus pensamentos, tamanho encantamento me causou. Cheguei inclusive a pensar: agora posso dizer que sei, exatamente, o significado da cor magenta!
No verão, o que seria dos meus passeios com nosso clima mais que tropical, se não fossem as árvores para através de suas copas enormes para me abrigar do calor.

Passear pelo bairro e apreciar todo esse movimento de transformação faz-me sentir feliz e privilegiada simplesmente por estar viva.

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